terça-feira, 15 de maio de 2012

Queda capilar está associada ao estresse

Entre as mulheres, estão mais suscetíveis à queda capilar aquelas que apresentam histórico na família, vivem estressadas, fazem dieta radical ou pobre em nutrientes, têm alteração na tireoide, anemia, caspa ou oleosidade no couro cabeludo que são agravadas nos picos de estresse.

A seguir, a dermatologista e cirurgiã capilar Leila Bloch, de São Paulo, membro da International Society of Hair Restoration Surgery (ISHRS), conta porque o problema aparece e como solucioná-lo.


O estresse pode levar à queda capilar?
Leila Bloch - Apesar de a ciência ainda não ter conseguido comprovar, sabemos que frequentemente o cabelo serve como válvula de escape para o organismo. Prova disso é que de três a seis meses depois de um evento estressante, como uma perda familiar, uma cirurgia de grande porte ou uma febre, a pessoa começa a notar mais fios no travesseiro e no ralo do box do banheiro. Tudo porque situações como essas têm a capacidade de alterar o metabolismo e liberar substâncias, como o hormônio cortisol, que deixam o couro cabeludo mais oleoso ou provocar uma inflamação local que pode fazer com que os fios não só caiam mais rapidamente como fiquem mais finos.

Como resolver o problema?
Leila Bloch - Geralmente ele desaparece sozinho, e nesse período podem ser usados xampus que ajudam a combater a queda, a caspa ou a oleosidade excessiva, além de evitar tomar banho muito quente e coçar ou friccionar o couro cabeludo para não estimular a oleosidade.

E se a situação se prolongar?
Leila Bloch - Porém, se a situação se prolongar por mais de três meses é preciso procurar um médico, que vai fazer uma avaliação e investigar a causa para indicar o melhor tratamento.

Quais tratamentos podem ser feitos?
Leila Bloch - A carboxiterapia é indicada nos casos de estresse associado ou não a anemia, regime severo, cirurgia de grande porte, gravidez, alterações na tireoide e uso de antidepressivos. Na prática, é injetado gás anidro carbônico (CO2) nas áreas problemáticas do couro cabeludo para favorecer a oxigenação, a circulação sanguínea e de nutrientes. O resultado costuma aparecer na quinta sessão, sendo que é preciso fazer dez, uma a cada sete ou 15 dias.

Mas se for um problema de ordem genética ou hormonal?
Leila Bloch - Já se o problema tiver fundo genético ou hormonal, o laser de baixa potência é melhor opção, pois a luz aumenta o tempo de vida das células da raiz, fazendo com que os fios fiquem mais tempo na fase de crescimento e demorem mais para chegar à etapa de queda. O efeito aparece após um mês, mas são necessárias dez sessões, sendo por semana. Em casa, é indicado usar diariamente uma loção com minoxidil a 5% e ingerir cápsulas de vitaminas para estimular a produção de fios mais fortes e saudáveis.

Quando a queda tem a ver com uma doença auto-imune, a infiltração com corticoide no couro cabeludo é o que há, pois ela melhora o sistema imunológico e a irrigação sanguínea, além de combater a inflamação após uma ou duas sessões, com intervalo de pelo menos um mês entre elas.

Fonte: Terra

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